Carcinoma Basocelular:

o câncer de pele mais comum e silencioso

O que é o Carcinoma Basocelular?

O Carcinoma Basocelular (CBC) é o tipo mais frequente de câncer de pele e representa cerca de 70% de todos os casos de câncer cutâneo. Segundo dados da OMS, estima-se que entre 2 a 3 milhões de novos casos surjam por ano no mundo.

Embora seja considerado um câncer de crescimento lento e com baixo risco de metástase, o CBC pode ser localmente destrutivo se não tratado adequadamente, especialmente quando acomete áreas delicadas como o rosto.

Origem: de onde surge o CBC?

O CBC tem origem nos queratinócitos da camada basal da epiderme, células responsáveis pela produção de queratina, uma proteína essencial para a estrutura da pele. No entanto, a origem exata do CBC ainda é tema de debate científico.

Algumas teorias defendem que o carcinoma basocelular se origina da epiderme interfolicular (áreas entre os folículos pilosos). Já outras pesquisas apontam para a epiderme folicular (associada aos folículos de pelos), com base em estudos de marcadores imunohistoquímicos e na distribuição do tumor, que raramente aparece em áreas sem folículos, como palmas, plantas e mucosas.

Além disso, o CBC apresenta semelhanças histológicas com tumores benignos de origem folicular, o que reforça a teoria da origem relacionada aos folículos pilosos.

Principais fatores de risco

Vários fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento do CBC:

  • Exposição solar crônica e intermitente: Principal fator de risco. Queimaduras solares na infância são especialmente perigosas.

  • Fototipo de pele claro: Pessoas com pele, olhos e cabelos claros têm maior suscetibilidade.

  • Idade avançada: O risco aumenta com o envelhecimento devido ao acúmulo de dano solar ao longo da vida.

  • Histórico familiar de câncer de pele: Sugere predisposição genética.

  • Imunossupressão: Pacientes imunodeprimidos (por doenças ou uso de medicamentos) apresentam risco aumentado.

  • Radioterapia prévia: Áreas de pele expostas previamente à radiação também têm risco elevado.

Quais os subtipos de Carcinoma Basocelular?

O CBC possui diferentes apresentações clínicas e histológicas. Os subtipos são classificados em baixo risco e alto risco, conforme o comportamento e potencial de recorrência.

Subtipos de Baixo Risco:

  • Nodular:
    É o mais comum, representando cerca de 80% dos casos. Aparece como uma pápula perolada (bolinha brilhante), que pode ulcerar e sangrar com o tempo.

  • Superficial:
    Geralmente forma lesões planas, avermelhadas e descamativas. Pode ser confundido com dermatites ou ceratoses actínicas.


Subtipos de Alto Risco:

  • Esclerodermiforme:
    Lesão com aspecto cicatricial, esbranquiçada e mal delimitada, com maior capacidade de invasão.

  • Micronodular:
    Clinicamente semelhante ao nodular, mas com maior risco de recorrência.

  • Infiltrativo:
    Apresenta infiltração profunda nos tecidos e é associado a maior agressividade.

  • Basoescamoso (metatípico):
    Mistura características de CBC e carcinoma espinocelular, com maior potencial de agressividade.

Quando o CBC é considerado de alto risco?

Os critérios de alto risco para CBC incluem:

  • Localização em áreas nobres (área H da face): Olhos, nariz, boca, orelhas e genitais.

  • Tumores com mais de 2 cm de diâmetro.

  • Bordas mal delimitadas clinicamente.

  • Tumores recidivados (que já voltaram após tratamento anterior).

  • Pacientes imunossuprimidos.

  • Histórico de radioterapia prévia na região.

  • Subtipos histológicos agressivos: esclerodermiforme, infiltrativo, micronodular e basoescamoso.

  • Envolvimento perineural: Presença do tumor próximo a nervos, o que aumenta o risco de disseminação.

Diagnóstico: como saber se é um Carcinoma Basocelular?

O diagnóstico é feito através de:

  1. Avaliação clínica especializada.

  2. Dermatoscopia, que permite observar padrões vasculares e estruturais característicos.

  3. Biópsia cutânea, que confirma o tipo e o subtipo histológico, essencial para o planejamento do tratamento.

Opções de Tratamento para o CBC

O tratamento ideal depende da localização, tamanho, subtipo e histórico do paciente.

Principais opções:

  • Cirurgia Excisional Convencional:
    Indicada para casos de baixo risco, com análise das margens feita posteriormente pelo patologista.

  • Controle intraoperatório das margens (cirurgia com congelação):
    Utilizada principalmente para tumores de risco intermediário. As margens são congeladas e analisadas durante o procedimento, porém de forma amostral.

  • Cirurgia Micrográfica de Mohs:
    Considerada o padrão-ouro para tumores de alto risco, permite análise de 100% das margens cirúrgicas durante a cirurgia. É a técnica com maior taxa de cura e maior preservação de tecido saudável.

  • Outras terapias (casos selecionados):
    Crioterapia, curetagem com eletrocoagulação, terapia fotodinâmica e, em casos raros, tratamento medicamentoso tópico ou sistêmico.

Por que é tão importante tratar o Carcinoma Basocelular?

Mesmo sendo considerado de crescimento lento, o CBC pode causar destruição local de tecidos, incluindo cartilagem, osso e estruturas faciais importantes. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais conservador e eficaz será o tratamento, com melhores resultados estéticos e funcionais.

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O Dr. Thiago Bellott é especialista em câncer de pele e um dos poucos dermatologistas no Brasil com formação específica em Cirurgia Micrográfica de Mohs, a técnica de maior precisão para tratamento de CBCs de alto risco.

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